terça-feira, 23 de março de 2010


Prezad@s,

Segue para conhecimento.
Infelizmente isso é apenas uma pontinha do "iceberg", os Terreiros de Candomblé centenários e seus Sacerdotes são constrangidos na Capital da Bahia, imaginem no Interior do Estado,
Por favor, divulguem, mostrem seu repúdio a mais esse desrespeito religioso.
Nossos atabaques não vão parar de tocar...e ai? Nossas comunidades e sacerdotes vão passar por mais esse constrangimento? Voltaremos a ser "marginais"? Sofreremos mais perseguição policial? Voltaremos a frequentar as delegacias? Nossos templos serão invadidos e nossos instrumentos apreendidos? Vamos pedir permissão para funcionar? Solicitar alvará para as cerimônias e festividades? Para quem? Os Neo pentecostais? Os vizinhos que chegaram depois do Terreiro? Cujas famílias frequentam nossos espaços sócio/culturais/educativos/festivos e religiosos?
Não importa, Nossos atabaques não vão parar de tocar!
Não vão nos fazer calar.
A Associação do Culto Afro Itabunense se coloca solidária a comunidade do Terreiro Ilè Ase Odò Ègè, e se coloca a disposição para o que se fizer necessário.

AXE

Desdêmona Ferreira Dantas
Mãe Vanda
Iyalorisa N'Ilè Ase Oya Funké
Presidente Associação do Culto Afro Itabunense

Alana Lícia Dantas
Iyá Kekerè N'Ilè Ase Oya Funké
Comissão de Comunicação N'Ilè Ase Oya Funké

Luiz Dantas
Babalasé N'Ilè Ase Oya Funké
Coordenador Ponto de Cultura
Associação do Culto Afro Itabunense
Rep. Território Litoral Sul no Fórum dos Pontos de Cultura da Bahia
G26 Comissão de Comunicação
73 3612 0175

Pessoas,
O Racismo e a Intolerância tomam conta da cidade de Salvador, nos últimos cinco anos, a atual gestão da Prefeitura de Salvador tem voltado a perseguição aos Terreiros de Candomblé, só como exemplo o Terreiro da Casa Branca um dos mais conhecidos da Cidade tem lutado na justiça contra a cobrança de IPTU que a mesma prefeitura lhe isentou no processo de tombamento nacional e municipal, quem não se lembra do terreiro Oyá Onipó Neto de Mãe Rosa, destruído pela SUCON no bairro do Imbuí. Nesses dois casos a questão é simples o novo PDDU da cidade, querem desapropriar a Casa Branca tirando a Praça de Oxum, já o terreiro Oyá Onipó Neto Imbuí o processo de verticalização da cidade e valorização do bairro com a cobertura de rios urbanos tinha que tirar o Terreiro do caminho.
Agora o Pilão de Prata, mais uma vez um ato intolerância religiosa toma conta da cidade que no carnaval todos canta que é D'Oxum, mais na vida normal, a violência é perversa.

É hora do levante, os anos de chumbo para o povo negro oficialmente durou de 1540 até os anos de 1940, esses quatros séculos não foram suficiente para nos matar, pois sempre vencemos e no século XXI, podemos ver que este Estado não estar pronto para nós, teremos que sempre estar atentos para que reconheçam que somos um povo e várias nações sempre?

É hora de lutar contra a reeleição das bancadas evangélicas na Câmera Federal, Assembléias e Câmaras de Vereadores (as), e aprovarmos para que tenhamos aprovados no Brasil o Plano Nacional de Combate a Intolerância Religiosa, engavetado vergonhamente na Câmara Federal, assim, como o Estatuto da Igualdade Racial, que reconheci o Candomblé como religião foi negociado para não sair. Só para informação numa cidade com o um Prefeito Evangelico que não vai nas festividades da cidade e uma Câmara com uma bancada forte de evangelicos não podemos esperar muita coisa.

A todas, divulguem o maximo possível esta nota, precisamos mostrar que nosso mensageiro Exú estará sempre no nosso caminho, para que aqueles e aquelas que nos infortunam vejam que o Candomblé é VIDA AO POVO NEGRO.

"Temos tudo para construir uma nova sociedade" - Milton Santos

Diosmar Filho
MSN - ptfilho@hotmail. com
Skype - diosmar.filho
Tel. 55 - 71 - 92078130

Para quem interessar possa,


AINDA SOBRE OS TERREIROS E O BARULHO DA CIDADE

Era quinta feira, dia consagrado aos donos do território, Odé, orixás caçadores, quando as 9 horas, um tímido rapaz tocou a campanhia do Ilê Odô Ogê, conhecido como Pilão de Prata, identificando- se como fiscal da Superintendência de Controle e Ordenamento do Solo Urbano do Município de Salvador (SUCOM). Constrangido, sua educação misturava-se com a timidez de está cumprindo a árdua tarefa de notificar aquela comunidade pelo barulho provocado pelos “instrumentos de percussão”, como referiu-se aos atabaques Uma mistura de temor e respeito, várias vezes frisou que não entendia nada, estava ali apenas cumprindo o seu papel de fiscal. Fez algumas perguntas sobre o tipo de instrumentos que a comunidade realizava, quis sentar na escada que dá acesso a uma praça de dentro do terreiro, para não adentrar no recinto sagrado, mas insisti que fossemos para uma sala mais confortável. Lá ele me explicou que a sua visita não tinha nenhum caráter punitivo, apenas a intenção de averiguar os espaços e instrumentos que levaram um anônimo a denunciar o templo religioso. Logo me apresei e fiz ele ler o texto: O terreiro e o barulho na cidade, publicado no Jornal a Tarde da última sexta-feira. Achei até uma coincidência após tal provocação receber a visita de um representante do órgão que regula dentre outras coisas, sons urbanos, fixa níveis e horários em que é permitido sua emissão e cria licença para utilização sonora. Coincidência ou não, fato é que aquele jovem fiscal estava ali representando a Lei 5354/98. Enquanto seus olhos corriam atentamente no texto, apresentei-lhe uma resumida história daquela roça de candomblé, originada de uma casa de taipa coberta com folhas de zinco no ano de 1963, quando o atual “morro do Cachundé” era apenas uma duna e abaixo havia a lagoa utilizada pelas poucas pessoas para lavar roupas e por alguns terreiros, dentre eles, o Pilão de Prata para realizar alguns rituais. Lembrei também que tal comunidade terreiro já havia sido tombada pelo Instituto de Patrimônio Artístico Cultural da Bahia em 9 de dezembro de 2004, sem falar nos Decretos Lei Municipal e Estadual que o reconhece como Utilidade Pública. lhe mostramos o nosso Museu, a Biblioteca e a Escola que aguarda a dois anos financiamento para realização de atividades, embora nesse ano foi utilizada para exibir filmes durante o Ciclo litúrgico que foi concluído no dia 14 de março, com recursos do próprio terreiro e ajuda da Escola de Nutrição da Universidade Federal da Bahia. Nada adiantou, ele tinha que retornar com seu dever cumprido e baseado no Artigo 6 da Lei 5354/98 notificou a comunidade terreiro com o seguinte texto: “O responsável pelo estabelecimento supra-citado fica ciente que a emissão sonora gerada em atividades não residenciais, somente poderá ser efetuada após expedição pelo órgão competente da Prefeitura do Alvará de autorização para utilização sonora.” Isso me trouxe a lembrança dos tempos terríveis de Pedrito, que nunca saíram da memória do povo de candomblé. Mais uma vez salta os olhos que tais órgãos que deveriam estreitar relações com a cidade seja liderado por dirigentes mal assessorados que no mínimo deveriam saber interpretar a Lei 5354/98 que diz no inciso IV do Capítulo 14 que “não estão sujeitas às proibições referidas nesta Lei o sons produzidos por sinos de igrejas e de templos religiosos desde que sirvam exclusivamente para indicar as horas ou anunciar a realização de atos ou cultos religiosos.” Por que então, dois pesos e duas medidas? Por que uma vez por ano não podemos tocar os nossos clarins e atabaques, tocar nossos foguetes para anunciar a realização de nossos atos e cultos religiosos? O que dizer então das alvoradas festivas de outras denominações religiosas realizadas as 5 horas, ao raiar do dia? Queremos abrir esta discussão com o Sr. Superintendente. De que o Estado Brasileiro não é laico já sabemos, agora queremos no mínimo exercer a liberdade de culto, direito garantido pela nossa Constituição. Esse fato nos dá a entender na verdade, que os órgãos municipais e estaduais não dialogam entre si, pois esta mesma comunidade está entre os 1068 terreiros mapeados através de um trabalho pioneiro no Brasil, resultado da parceria entre a Prefeitura Municipal de Salvador, através da Secretaria de Reparação (SEMUR) e da Secretaria Municipal de Habitação (SEHAB), o Ministério da Cultura, através da Fundação Cultural Palmares e a Secretaria Especial de Promoção de Políticas para a Igualdade Racial (SEPPIR) em convênio com a Universidade Federal da Bahia através do Centro de Estudos Afro-orientais (CEAO). Porque o catálogo produzido não esta sendo consultado? Se até agora de nada serviu para o povo de candomblé que até então aguarda o inicio da regularização fundiária e outras ações do poder público, que pelo menos sirva para os órgãos do governo consultar a fim de evitar o constrangimento de nossos sacerdotes que além da função religiosa cumprem também papel de médicos, psicólogos, economistas, sociólogos e outras. Gostaria com este texto de abrir o diálogo com os órgãos envolvidos com estas questões direta ou indiretamente, bem com a sociedade como um todo. A notificação 410703 de 18 de março de 2010 não nos intimida porque é equivocada, na verdade ela nos causa vergonha por estarmos sendo tão mal representados. O que não queremos mais, é assistir a demolição de outras comunidades terreiros, nem a cobrança indevida do IPTU, fato que vem se arrastando já há algum tempo na secretaria da fazenda do Municipio sem nenhuma posição significativa. O fato que aconteceu no terreiro Pilão de Prata poderia acontecer em qualquer outro. Ou quem sabe já não vem acontecendo? Fato é que o dano psicológico, causado pelo constrangimento e a vergonha de ter um carro da prefeitura e um agente de fiscalização na porta de uma residência é irreparável. De uma coisa temos a certeza: esta luta será travada juntamente com todos os Orixás, Nkices, Caboclos e Guias. Avante!!!

Vilson Caetano de Sousa Júnior é Pós Doutor em Antrolopologia, professor da Escola de Nutrição da UFBA, membro do Conselho de Cultura do Estado da Bahia e Omo Orixá do Ilê Odo Ojê.



Uma rede se identifica por grupos unidos por uma causa
Fonte: SENAD

sábado, 20 de março de 2010

BIG BROTHER BRASIL

BIG BROTHER
BRASIL


Autor: Antonio
Barreto, Cordelista natural de
Santa Bárbara-BA,
residente em Salvador.


Curtir o Pedro Bial,
E sentir tanta alegria,
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia,
Dá valor ao que é banal,

É preguiçoso mental
E adora baixaria.

Há muito tempo não vejo
Um programa tão ‘fuleiro’
Produzido pela Globo,
Visando Ibope e dinheiro,
Que, além de alienar,
Vai, por certo, atrofiar
A mente do brasileiro.

Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir,
Através da Educação.
Mas se torna um refém,
Iletrado, ‘zé-ninguém’
Um escravo da ilusão.

Em frente à televisão,
Lá está toda a família,
Longe da realidade,
Onde a bobagem fervilha,
Não sabendo essa gente,
Desprovida e inocente,
Desta enorme ‘armadilha’.

Cuidado, Pedro Bial,
Chega de esculhambação!
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação!
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.

O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis,
E merecem nosso aval,
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar,
Com esforço especial.

Muitos já se sentem mal

Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio.
Porque, quando você fala,
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.

Um país como Brasil,
Carente de educação,
Precisa de gente grande
Para dar boa lição.
Mas você, na rede Globo,
Faz esse papel de bobo,
Enganando a Nação.


Respeite, Pedro Bienal,
Nosso povo brasileiro!
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro.
Dá muito duro, anda rouco,
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.

Enquanto a sociedade,
Neste momento atual,
Se preocupa com a crise
Econômica e social,
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério – não banal.

Esse programa da Globo
Vem nos mostrar, sem engano,
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano,
Onde impera a esperteza,
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.
A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os “heróis” protagonizam
Um mundo de palhaçadas,
Sem critério e sem ética,
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.
Não se vê força poética,
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê, realmente,
É um programa deprimente,
Sem nenhum objetivo.

Talvez haja objetivo,
“professor” Pedro Bial:
O que vocês tão querendo
É injetar o banal,
Deseducando o Brasil,
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.

Isso é um desserviço,
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança,
Educação e atitude.
Porém, a mediocridade,
Unida à banalidade,
Faz com que ninguém estude.

É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso,
Curtindo todas baladas:
Corpos “belos” na piscina,

A gastar adrenalina,
Nesse mar de palhaçadas.

A intenção da Globo
É de nos “emburrecer”,
Deixando o povo demente,
Refém do seu poder.
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.

A você, Pedro Bial,
Um mercador da ilusão,
Junto à poderosa Globo,
Que conduz nossa Nação,
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.


E vocês, caros irmãos,
Que estão nessa cegueira,
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo:
Isso é papel de bobo;
Fujam dessa baboseira.

E, quando chegar ao fim
Esse Big Brother vil,
Que em nada contribui
Para o povo varonil,
Ninguém vai sentir saudade.
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.

E saiba, caro leitor,
Que nós somos os culpados,
Porque saem do nosso bolso
Esses milhões desejados,
Que são ligações diárias,
Bastante desnecessárias,
Pra esses desocupados.

A loja do BBB
Vendendo só porcaria,
Enganando muita gente,
Que logo se contagia
Com tanta futilidade;
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.

Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação,
E também evolução
No mundo espiritual.

Cadê a cidadania
Dos nossos educadores,
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados,
e vamos ficar calados,
diante de enganadores?

Barreto termina assim,
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco,
Reaja à força do mal…
Eleve o seu coração,
Tomando uma decisão.
Ou então: siga, animal…

FIM

Salvador, 16 de
janeiro de 2010.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Olá Amigos dos Pontos de Cultura da Bahia











Voz trago noticias sobre II Conferencia Nacional de Cultura e articulação para a Teia Tambores Digitais .
Após três dias de debates, os participantes da II Conferência Nacional de Cultura (CNC), realizada em Brasília, elegeram as 32 estratégias prioritárias e as 95 prioridades setoriais que nortearão as políticas públicas para o setor.
As prioridades eleitas serão tratadas uma a uma, de acordo com sua natureza. Algumas poderão servir para incrementar políticas públicas já existentes, outras devem se transformar em projetos de lei para envio ao Congresso Nacional ou, ainda, integrarem ações interministeriais de estímulo a áreas afins, como cultura e educação, por exemplo.
Ao todo, foram analisadas 347 propostas pelos participantes da conferência, dentre os quais artistas, produtores culturais, investidores, gestores e representantes da sociedade de todos os setores da cultura e de todos os estados do País. Dos 883 delegados credenciados, 851 votaram por meio de cédulas nas propostas prioritárias.
A aprovação do marco regulatório da Cultura, que já tramita no Congresso Nacional, foi a proposta mais votada (754 votos). O marco é composto principalmente pelo Sistema Nacional de Cultura (SNC), Plano Nacional de Cultura (PNC) aprovado no Congresso Nacional e proposta de emenda constitucional (PEC) 150/2003, que vincula à Cultura 2% da receita federal, 1,5% das estaduais e 1% das municipais. A proposta também explicita o apoio à aprovação do Programa de Fomento e Incentivo à Cultura (Procultura), que atualiza a Lei Rouanet.
A Conferência aponta a urgência de se construir um marco regulatório para a cultura brasileira. É uma demanda legítima da sociedade, que prioriza a agenda cultural em todas as esferas de governo. Demos um grande passo para fortalecer definitivamente a importância dessas políticas para o desenvolvimento sustentável do país.
Os debates da Conferência seguiram cinco eixos temáticos: produção simbólica e diversidade cultural; cultura, cidade e cidadania; cultura e desenvolvimento sustentável; cultura e economia criativa; gestão e institucionalidade da cultura.
Entre os destaques estão a formalização do trabalho na cultura, o incentivo ao ensino de arte nas escolas, o reconhecimento de um “custo amazônico” como fator que onera as iniciativas culturais devido a questões geográficas e logísticas da região – a ser incluído em editais de novos projetos -, a ampliação do acesso à internet e a necessidade de reformulação da Lei de Direitos Autorais. O marco legal para os Pontos de Cultura e a Lei Griô Nacional também estiveram entre as propostas mais votadas.
Pré-conferências
Todos os estados realizaram suas conferências, elegendo 743 delegados ao todo. Mais de 200 mil pessoas estiveram diretamente envolvidas nas etapas estaduais e municipais. Novidade nesta edição, as conferências setoriais – 143 no total – tiveram 3.193 inscrições de candidatos a delegados. Além de deliberar, esses encontros têm o objetivo de estimular a criação e o fortalecimento de redes de agentes e instituições culturais do País.

I CNC
Em sua primeira edição, em 2005, 1.192 municípios realizaram conferências, o que representou 21,42% do total das cidades brasileiras. Nesta segunda Conferência, nas etapas municipais e estaduais, observou-se um significativo avanço no processo participativo, uma vez que, de agosto a outubro de 2009, aconteceram 3.071 reuniões, ou seja, mais da metade do total dos municípios do País estiveram envolvidos.

Fonte: blogs.cultura.gov.br

Delegação da Bahia
A Bahia se fez presente com seus 50 delegados eleitos na III Conferencia Estadual de Cultura, contando com a presença de 34 delegados da sociedade civil e 16 delegados representantes do poder publico, alem dos delegados setoriais. É importante ressaltar a participação de 05 delegados representantes do Fórum dos Pontos de Cultura da Bahia e 08 delegados representantes do Fórum de Dirigentes Municipais do Estado da Bahia. No primeiro dia da programação, no memento da reunião da delegação do Nordeste, foi realizada uma eleição para a coordenação da delegação da Bahia, que até o momento era executada por Ângela Andrade, delegada representante do poder publico. Na presente reunião foi eleita Pauline Leite, representante da sociedade civil e representante do Fórum dos pontos de Cultura da Bahia.
Da Articulação dos Pontos de Cultura
Com a facilidade de todos os delgados da Bahia, estarem hospedados no mesmo hotel, conseguimos articular e discutir melhor as necessidades dos Pontos de Cultura, lá estavam presentes: Marcio Griô, Luis Dantas (Lula), Pauline Leite, Irenilda, Bispo da Cultura e nossa querida Angélica que foi como observadora. Também tivemos contatos com Norma, Emilio, Bosco entre outros representantes do Fórum de Dirigentes Municipais, onde sinalizaram grande interesse em firmar parceria com o Fórum dos Pontos de Cultura da Bahia. Diante deste contexto, marcamos uma reunião com Ângela Andrade com a seguinte pauta:
1. Articulação para a garantia da realização dos Fóruns Territoriais de Pontos de Cultura referente ao apoio financeiro e logístico.
Objetivos dos Fóruns Territoriais
· Capacitação em Prestação de Contas.
· Mapeamento dos Pontos de Cultura por linguagens através de grupos de trabalho.
· Diagnosticar as dificuldades dos PCs.
· Conscientização sobre o Programa Cultura Viva.
· Elaboração de Propostas para o Fórum Estadual
2. Edital para articulação e comunicação dos Pontos de Cultura da Bahia.
3. Realização do Fórum Estadual de Pontos de Cultura, como grande encontro da rede, aprovação e elaboração de propostas para o fortalecimento do Programa Cultura Viva.
4. Realização da parceria do Fórum dos Pontos de Cultura da Bahia com o Fórum de Dirigentes Municipais.
Da Mobilização - TEIA Tambores Digitais

Como Luiz já encaminhou em outro email, estamos preparando um Stand da Bahia na Teia, para tanto, solicitamos a todos que tragam Panfletos, Folder, Cartaz, DVD, todo material necessário para articulação e divulgação dos PCs da Bahia. Para os Pontos que produziram DVD, podemos utilizar os aparelhos dos ônibus para exibi-los. Estamos encaminhando uma lista de material para Secult, mas também solicitamos a quem poder trazer: Cartolina, Canetas, Hidrocor, Fita Crepe, Papel A4, dentre outras coisinhas que possa ser tão necessárias para a nossa produção.
Também pensamos em articular os Pontos que trabalham com audiovisual, para produzir o registro da Teia, vamos mais alem, podemos pensar em um documentário. Para isso é necessário pensar essa produção de equipamentos e equipe técnica. Quem se dispõe?
Podemos também criar uma equipe de reportagem para colher os depoimentos e precisamos criar com urgência o Blog dos Pontos de Cultura da Bahia. Quem se habilita?
Na CNC criamos o blog: http://cnsdebates.blogspot.com
E, tragam principalmente seus sonhos, sua arte, esperança e toda a força que a Bahia tem!!!!


Abraço a todos


Pauline Leite
Representante do Fórum dos Pontos de Cultura da Bahia

*Prezad@s Delegad@s Ponteir@s,*










Estamos nos aproximando da TEIA* **Brasil 2010: Tambores Digitais! *E neste
grande encontro nacional teremos a realização do III Fórum Nacional dos
Pontos de Cultura (FNPC), com a participação de mais de 1500 delegadas e
delegados inscrit@s.

O III FNPC é a expressão legítima e organizada deste movimento da cultura
brasileira, que apresenta para o conjunto da sociedade sua produção
artística, pautas políticas, práticas pedagógicas, manifestações e
expressões culturais. Este encontro é decisivo para garantirmos que este
processo seja reconhecido como Política de Estado, incorporado ao Sistema
Nacional de Cultura e amparado em dispositivos legais que qualifiquem a
gestão compartilhada de Políticas Públicas, como a proposta de construção
da Lei Cultura Viva.

Os objetivos do Fórum Nacional dos Pontos de Cultura são:

· Elaboração de propostas de Políticas Públicas de Estado para a Cultura
no Brasil, em especial no que se refere aos Pontos de Cultura, ao Programa
Cultura Viva e ao Plano Nacional de Cultura;

· Proposição de novos marcos legais que afirmem a cultura como direito de
cidadania e dever do Estado, reconhecendo a autonomia e o protagonismo
cultural do povo brasileiro, como a Proposta da Lei Cultura Viva;

· Articulação e fortalecimento dos fóruns e redes estaduais de Pontos de
Cultura;

· Articulação e fortalecimento dos fóruns e redes dos Grupos Temáticos dos
Pontos de Cultura;

· Fortalecimento de ações transversais em rede entre Pontos de Cultura de
todo o país;

· Diálogo sobre os desafios institucionais da gestão compartilhada das
Políticas Públicas de Cultura entre o Estado e a sociedade civil;

· Eleição da nova CNPdC e construção de uma pauta política e de uma agenda
de ações do movimento nacional dos Pontos de Cultura para o ano de
2010/2011.

O FNPC é dividido em grupos de trabalhos estaduais e temáticos. Essa
estrutura foi construída para fortalecer as redes nacionais que articulam os
pontos de cultura nas mais diversas formas de organização, expressão
simbólica, atuação sócio-política e linguagens artísticas; buscando
fortalecer a organização dos pontos em rede para além dos Fóruns e Redes
estaduais/regionais.

*Cada delegado ou delagada, representante de ponto ou pontão de cultura,
deverá se inscrever e participar em apenas 01 dos Grupos de Trabalho
Temático durante o III FNPC.*

*Comissão Nacional,*

Clique aqui para fazer sua inscrição no Gt
Temático!

Companheir@s querid@s,

Nós que trabalhamos com a Interface Cultura/Economia Solidária e que somos
DELEGAD@s, vamos nos unir

E fortalecer nosso GT-ecosol e nossas demandas com uma Pauta à altura de
nossas necessidades e missão.

Façam suas Inscrições no GT-Economia Solidária e rumo à nossa TEIA Nacional
2010.

Abração solidário,

PS: viva a Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2010, 'Economia e
Vida'! Muitos,
nesse país, precisam ser relembrados das palavras de Cristo: "Vocês não
podem servir a Deus e ao dinheiro"


Marly Cuesta
GT-ecosol na CNPdC

quinta-feira, 18 de março de 2010

TEIA 2010 Tambores Digitais



Visite os enderêços abaixo e fique por dentro de toda a programação.

http://culturadigital.br/teia2010/
http://www.iteia.org.br/teia2010

quarta-feira, 17 de março de 2010

Comunidades Tradicionais de Terreiros na II CNC





Aconteceu pela primeira vez neste país, uma Conferência Setorial de Cultura Afro-Brasileira a nivel nacional, com setoriais estaduais e com a culminância deste trabalho na II Conferência Nacional de Cultura, onde foram apresentadas as propostas prioritárias deste segmento da sociedade brasileira, que depois de séculos, ainda luta por espaço social e político.
Os encontros e reuniões dos sacerdotes e lideranças representando 10 estados da união,foram pautados pela preocupação com a preservação, registro e manutenção das tradiçoes ancestrais destas comunidades, na luta contra o racismo institucional e o preconceito religioso.
Foi eleito um grupo com representação dos 10 estados presentes, a fim de manter um diálogo com a Fundação Palmares, com a intenção de traçar as ações e planejar um encontro nacional, onde serão discutidas as singularidades e planejadas as ações necessárias para que políticas públicas alcancem as Comunidades Tradicionais de Terreiros.

AXE

segunda-feira, 15 de março de 2010

PROPOSTAS PRIORITÁRIAS DA II CONFERÊNCIA NACIONAL DE CULTURA

















EIXO1: PRODUÇÃO SIMBÓLICA E DIVERSIDADE CULTURAL
SUB–EIXO: 1.1 - Produção de Arte e Bens Simbólicos
1 - Implementar políticas de intercâmbio em nível regional, nacional e internacional entre os segmentos artísticos e culturais englobando das manifestações populares tradicionais às contemporâneas que contemplem a realização de mostras, feiras,festivais, oficinas, fóruns,intervenções urbanas, dentre outras ações,estabelecendo um calendário anual que interligue todas as regiões brasileiras, com ampla divulgação, priorizando os grupos mais vulneráveis às dinâmicas excludentes da globalização, com o objetivo de valorizar a diversidade cultural.

6 - Registrar, valorizar, preservar, e promover as manifestações de comunidades e povos tradicionais (conforme o decreto federal 6.040 de 7 de fevereiro de 2007), itinerantes, nômades, das culturas populares, comunidades ayahuasqueiras, LGBT, de imigrantes, entre outros com difusão de seus símbolos, pinturas, instrumentos, danças, músicas, e memórias dos antigos, por meio de apresentações ou produção de CDs, DVDs, livros, fotografias, exposições e audiovisuais, incentivando o mapeamento e inventário das referencias culturais desses grupos e comunidades.

SUB–EIXO: 1.2 - Convenção da Diversidade e Diálogos Interculturais
17 - Garantir políticas públicas de combate à discriminação, ao preconceito e à intolerância religiosa por meio de: a) campanhas educativas na mídia, em horário nobre, mostrando as diversas raças e etnias existentes em nosso país, ressaltando o caráter criminoso da discriminação racial; b) demarcação de terras das populações tradicionais (ribeirinhos, seringueiros, indígenas e quilombolas), estendendo serviços sociais e culturais a essa população,a fim de garantir sua permanência na terra; c) campanhas contra homofobia visando respeito a diversidade sexual e identidades de gênero.

18 - Implementar a Convenção da Diversidade Cultural por meio de ações sócio-educativas nas diversas linguagens culturais (literatura, dança, teatro, memória e outras), e as linguagens especificas próprias dos povos e culturas tradicionais, conforme o decreto federal 6.040 de 7 de fevereiro de 2007 dirigidas a públicos específicos: crianças, jovens, adultos, melhor idade.
SUB – EIXO: 1.3 - Cultura, Educação e Criatividade
22 - Articular a política cultural (MINC e outros) com a política educacional (MEC e outros) nas três esferas governamentais para elaborar e implementar conteúdos programáticos nas disciplinas curriculares e extracurriculares dedicados à cultura, à preservação do patrimônio, memória e à história afro-brasileira, indígena e de imigrantes ao desenvolvimento sustentável e ao ensino das diferentes linguagens artísticas, inclusive arte digital e línguas étnicas do território nacional, de
matriz africana e indígena, e ao ensino de línguas, inserindo-os no Plano Nacional de
Educação,sob a perspectiva da diversidade e pluralidade cultural, nas escolas, desde o ensino fundamental, universidades públicas e privadas com a devida capacitação dos profissionais da educação, por meio da troca de saberes com os mestres da cultura popular nos sistemas municipais, estaduais e federais, bem como (26) Garantir condições financeiras e pedagógicas para a efetiva aplicação da disciplina "Língua e Cultura Local".

36 - Instituir a lei Griô, que estabelece uma política nacional de transmissão dos saberes e fazeres
de tradição oral, em diálogo com a educação formal, para promover o fortalecimento da identidade e ancestralidade do povo brasileiro, por meio do reconhecimento político, econômico e sociocultural dos Grios Mestres e Mestras da tradição oral, acompanhado por uma proposta de um programa nacional, a ser instituído, regulamentado e implantado no âmbito do MINC e do Sistema Nacional de Cultura.
SUB–EIXO: 1.4 - Cultura, Comunicação e Democracia
63 - Garantir que o acesso a internet seja realizado em regime de serviço publico e avançar com a formulação e implantação do plano nacional de banda larga contemplando as instituições culturais e suas demandas por aplicação e serviços específicos.

68. Regulamentar e implementar o capitulo da comunicação social na Constituição Federal, tendo em vista a integração das políticas de comunicação e cultura, em especial o artigo 223, que garante a complementaridade dos sistemas publico, privado e estatal. Fortalecer as emissoras de radio e TV do campo público (comunitárias, educativas, universitárias e legislativas) e incentivar a produção simbólica que promova a diversidade cultural e regional brasileira, produzida de forma
independente. Implantar mecanismos que viabilizem o efetivo controle social sobre os veículos do campo público de comunicação e criar um sistema de financiamento que articule a participação da união, estados e municípios.

EIXO 2: CULTURA, CIDADE E CIDADANIA
Subeixo 2.1: Cidade como fenômeno cultural

80 - Estabelecer uma política nacional integrada entre os governos federal, estaduais, municipais e no Distrito Federal, visando a criação de fontes de financiamento, vinculação e repasses de recursos que permitam a instalação, construção, manutenção e requalificação de espaços e complexos culturais com acessibilidade plena: teatros, bibliotecas, museus, memoriais, espaços
de espetáculos, de audiovisual, de criação, produção e difusão de tecnologias e artes digitais, priorizando a ocupação dos patrimônios da união, dos estados, municípios e do Distrito Federal em desuso no país.

83 - Criar marco regulatório (Lei Cultura Viva) que garanta que os Pontos de Cultura se tornem política de Estado garantindo a ampliação no número de Pontos contemplando ao menos um em cada município brasileiro e Distrito Federal, priorizando populações em situação de vulnerabilidade social de modo a fortalecer a rede nacional dos Pontos de Cultura.

SUB–EIXO: 2.2 - Memória e Transformação Social

101 - Incluir na agenda política e econômica da União, estados, municípios e no Distrito Federal o fomento à leitura por meio da criação de bibliotecas públicas, urbanas e rurais em todos os Municípios, com fortalecimento e ampliação dos acervos bibliográficos e arquivísticos, infraestrutura, acesso a novas tecnologias de inclusão digital, capacitação de recursos humanos, bem como ações da sociedade civil e da iniciativa privada,com objetivo de democratizar o acesso à cultura oral, letrada e digital.

112 – Propiciar condições plenas de funcionamento ao Ibram de modo a garantir com sua
atuação, que os museus brasileiros sejam consolidados como territórios de salvaguarda e difusão de valores democráticos e de cidadania, colocadas a serviço da sociedade com o objetivo de propiciar o fortalecimento e a manifestação das identidades, a percepção crítica e reflexiva da realidade, a produção de conhecimento, a promoção da dignidade humana e oportunidades de
lazer.

SUB–EIXO: 2.3 - Acesso, Acessibilidade e Direitos Culturais

124 – Criar dispositivos de atualização da lei de direitos autorais em consonância com os novos modos de fruição e produção cultural que surgiram a partir das novas tecnologias garantindo o livre acesso a bens culturais compartilhados sem fins econômicos desde que não cause prejuízos ao(s) titular(es) da obra, facilitando o uso de licenças livres e a produção colaborativa, considerando a transnacionalidade de produtos e processos de forma que se atinja o equilíbrio entre o direito da sociedade de acesso a informação e a cultura e o direito do criador de ter sua
obra protegida, assim como o equilíbrio entre os interesses do autor e do investidor.

131 – Assegurar a destinação dos recursos do Fundo Social do Pré-sal para a cultura, aos programas de sustentabilidade e desenvolvimento do Sistema Nacional de Cultura, ampliando os investimentos nos programas que envolvam conveniamentos entre União, Estados, Municípios e Distrito Federal.

EIXO 3: CULTURA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
SUB–EIXO: 3.1 - Centralidade e Transversalidade da Cultura

140 – Implementar e fortalecer as políticas culturais dos estados, a fim de promover o desenvolvimento cultural sustentável, reconhecendo e valorizando as identidades e memórias culturais locais – incluindo regulamentação de profissões de mestres detentores e transmissores dos saberes e fazeres tradicionais, ampliando as ações intersetoriais e transversais por meio das interfaces com a educação, economia, comunicação, turismo, ciência, tecnologia, saúde e meio ambiente, segurança pública e programas de inclusão digital, com estímulo a novas tecnologias sociais de base comunitária.

141 - Incentivar a criação e manutenção de ambientes lúdicos, para o desenvolvimento de atividades artísticas e culturais em escolas públicas e espaços educacionais sem fins lucrativos, museus, hospitais, casas de saúde, instituições de longa permanência, entidades de acolhimento e abrigos, CAPs, CAPs – AD (Centro de Atenção Psicossocial), centros de recuperação de
dependentes químicos e de ressocialização de presos (Apacs) e presídios.

SUB–EIXO: 3.2 - Cultura, Território e Desenvolvimento Local

152 – Promover, em articulação com o MEC, organizações governamentais e não
governamentais, a criação de cursos técnicos e programas de capacitação na área cultural para o desenvolvimento sustentável.
154 – Fomentar e ampliar observatórios e as políticas culturais participativas com o objetivo de produzir inventários, pesquisas e diagnósticos permanentes, também em parceria com universidades e instituições de pesquisa, subsidiando políticas públicas de cultura, articuladas intersetorialmente e territorialmente, com ações capazes de preservar os patrimônios cultural e natural, inserindo as histórias locais nos conteúdos das instituições educacionais, identificando e valorizando as tradições e diversidade culturais locais, aproximando os movimentos culturais das
questões sociais e ambientais, contribuindo assim para o desenvolvimento sustentável local e a redução das desigualdades regionais.

SUB–EIXO: 3.3 - Patrimônio Cultural, Meio Ambiente e Turismo

165 - Promover e garantir o reconhecimento, a defesa, a preservação e a valorização do patrimônio cultural, natural e arquivístico a partir de inventários e estudos participativos, em especial nas comunidades tradicionais, estimulando o turismo comunitário sustentável, por meio da articulação interministerial com participação popular, que crie parâmetros para a atuação nessa vertente da economia da cultura e destine recursos, inclusive por meio de editais, para a implantação e o fortalecimento de roteiros turísticos que articulem patrimônio cultural, memórias,
meio ambiente, tecnologias, saberes e fazeres, valorizando a mão-de-obra local/regional, com a realização de ações voltadas para a formação, gestão e processos de comercialização da produção artístico-cultural da região.

175 - Valorizar as tradições culturais dos 5 biomas,o, como forma de proteção e sustentabilidade,bem como garantir a melhoria e conservação das vias de acesso a todos os municípios, revelando e valorizando suas potencialidades turísticas e culturais, com sua difusão em museus, sites específicos e redes sociais, preservando o patrimônio material e imaterial, regulamentando em lei o cerrado e demais biomas como patrimônio cultural.

EIXO 4: CULTURA E ECONOMIA CRIATIVA
SUB–EIXO: 4.1 - Financiamento da Cultura

187 - Com base no art. 3º inciso III da Constituição brasileira que estabelece a redução das
desigualdades sociais e regionais, que seja garantido o reconhecimento do “custo amazônico” pelos órgãos gestores da cultura em projetos culturais, editais e leis de incentivo, em especial pelo Fundo Nacional de Cultura, assegurando dotação específica e diferenciada para os estados da Amazônia Legal, considerando as dimensões continentais, as diferenças geográficas e humanas e as dificuldades de comunicação e circulação na região, incluindo o Custo Amazônico na Lei Rouanet no Fundo Amazônia.

192 - Garantir, com a aprovação da PEC 150/2003, ainda neste semestre, as políticas de fomento e financiamento, via editais, dos processos de criação, produção, consumo, formação, difusão e preservação dos bens simbólicos materiais, imateriais e tradicionais (indígenas, ribeirinhas, afrodescendentes, quilombolas e outros) e contemporâneas (de vanguarda e emergentes), facilitando a mostra de suas obras artísticas, garantindo direitos autorais e registrando os artistas e suas obras como patrimônio nacional.

SUB–EIXO: 4.2 - Sustentabilidade das Cadeias produtivas

230 - Ampliar os recursos públicos e privados, para a sustentabilidade das cadeias criativas e produtivas da cultura, valorizando as potencialidades regionais e envolvendo todos os setores da sociedade civil e do poder público no processo de criação, produção e circulação dos bens e produtos culturais, objetivando ampliar a circulação e a exportação dos produtos culturais
brasileiros.

236 - Criar um programa nacional (por região) de capacitação de agentes e empreendedores culturais, com foco nas cadeias produtivas, contemplando a elaboração e gestão de projetos, captação de recursos e qualificação técnica e artística, ofertando oficinas, cursos técnicos e de graduação, em parceria com as Instituições de Ensino Superior (IES).

EIXO 4: CULTURA E ECONOMIA CRIATIVA
SUB–EIXO: 4.3 - Geração de Trabalho e Renda

250 - Regulamentar as profissões da área cultural, criando condições para o reconhecimento de direitos trabalhistas, previdenciários no campo da arte, da produção e da gestão cultural, incluindo os profissionais da cultura em atividades sazonais.

252 - Investir na profissionalização dos trabalhadores da cultura, através da ampliação dos cursos de nível superior, técnicos e profissionalizantes, realizar concursos públicos em todas as esferas governamentais para o setor, equiparando nestes concursos o piso salarial de nível superior à carreira especialista em gestão pública ou equivalente e incluindo o reconhecimento de novas áreas de formação relacionadas ao campo.

EIXO 5: GESTÃO E INSTITUCIONALIDADE DA CULTURA
SUB–EIXO: 5.1 - Sistemas Nacional, Estaduais, Distrital e Municipais de Cultura

262 – Consolidar, institucionalizar e implementar o Sistema Nacional de Cultura (SNC), constituído de órgãos específicos de cultura, conselhos de política cultural (consultivos, deliberativos e fiscalizadores), tendo, no mínimo, 50% de representantes da sociedade civil eleitos democraticamente pelos respectivos segmentos, planos e fundos de cultura, comissões intergestores, sistemas setoriais e programas de formação na área da cultura, na União, Estados, Municípios e no Distrito Federal, garantindo ampla participação da sociedade civil e realizando
periodicamente as conferências de cultura e, especialmente, a aprovação pelo Congresso Nacional da PEC 416/2005 que institui o Sistema Nacional de Cultura, da PEC 150/2003 que designa recursos financeiros à cultura com vinculação orçamentária e da PEC 049/2007, que insere a cultura no rol dos direitos sociais da Constituição Federal, bem como dos projetos de lei que instituem o Plano Nacional de Cultura e o Programa de Fomento e Incentivo a Cultura- Procultura e do que regulamenta o funcionamento do Sistema Nacional de Cultura.

279 – Criar um sistema nacional de formação na área da cultura, integrado ao SNC, articulando parcerias públicas e privadas, a fim de promover a atualização, capacitação e aprimoramento de agentes e grupos culturais, gestores e servidores públicos, produtores, conselheiros, professores, pesquisadores, técnicos e artistas, para atender todo o processo de criação, fruição, qualificação dos bens, elaboração e acompanhamento de projeto, captação de recursos e prestação de contas, garantindo a formação cultural nos níveis básico, técnico, médio e superior, à distância e
presencial, fazendo uso de ferramentas tecnológicas e métodos experimentais e produção cultural.

SUB–EIXO: 5.2 - Planos Nacional, Estaduais, Distrital, Regionais e Setoriais de Cultura

308 – Defender a aprovação do Programa Cultura Viva e o Programa Mais Cultura no âmbito da proposta de consolidação das leis sociais como políticas publicas de Estado, com dotação orçamentária prevista em lei e mecanismo publico de controle e gestão compartilhada com a
sociedade civil.

310 - Garantir que as conferências nacional, distrital, estaduais e municipais de Cultura tenham caráter de política pública e que suas diretrizes e decisões sejam incorporadas nos respectivos Planos Plurianuais e nas Leis de Diretrizes Orçamentárias, assegurando sua efetiva execução nas Leis Orçamentárias Anuais.

SUB–EIXO: 5.3 - Sistema de Informações e Indicadores Culturais

324 – Realizar imediatamente mapeamento preliminar das manifestações culturais, dos distintos segmentos (conforme a II CNC), dos povos e comunidades tradicionais (em conformidade com o decreto 6040), das expressões contemporâneas, dos agentes culturais, instituições e organizações, dos grupos e coletivos, disponibilizando o banco de dados resultante em umaplataforma livre de fácil acesso e com descentralização da informação; em paralelo, a criação de um órgão federal de estudos e indicadores culturais integrado ao SNC; mapear as cadeias criativas e produtivas, empreendimentos solidários; investir em capacitação técnica de equipes
locais; atualizar continuamente o mapeamento preliminar e gerar produtos tais como: roteiros e eventos de integração e intercambio; catálogos com as varias linguagens e manifestações, publicação de anuários e revistas.

336 - Implantar o Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais e os respectivos sistemas estaduais e municipais, desenvolver mecanismos de articulação entre governo e sociedade civil, para facilitar e ampliar o acesso às informações e capacitar pessoal em todas as esferas, para a geração, tratamento e armazenamento de dados e informações culturais.

II Conferência Nacional de Cultura


Jornal iTEIA - PE
15/03/2010 - 14:30


II Conferência Nacional de Cultura elege 32 prioridades para o setor“A democracia e a inclusão têm sido uma grande preocupação do governo e do ministério da Cultura”

Mariana Ramos/MinC

Após três dias de debates, os participantes da II Conferência Nacional de Cultura (CNC), realizada em Brasília, elegeram as 32 prioridades que nortearão as políticas públicas para o setor.

Presente ao Centro de Convenções e Eventos Brasil 21 durante os trabalhos na tarde deste domingo, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, reafirmou o grande mérito da Conferência: promover o acesso de todos à discussão e formulação das políticas públicas. “A democracia e a inclusão têm sido uma grande preocupação do governo e do ministério da Cultura”.

As prioridades eleitas serão tratadas uma a uma, de acordo com sua natureza. Algumas poderão servir para incrementar políticas públicas já existentes, outras devem se transformar em projetos de lei para envio ao Congresso Nacional ou, ainda, integrarem ações interministeriais de estimulo a áreas afins, como cultura e educação, por exemplo.

Ao todo, foram analisadas 347 propostas por cerca de 2 mil pessoas, dentre as quais artistas, produtores culturais, investidores, gestores e representantes da sociedade de todos os setores da cultura e de todos os estados do País.

Os debates da Conferência seguiram cinco eixos temáticos: produção simbólica e diversidade cultural; cultura, cidade e cidadania; cultura e desenvolvimento sustentável; cultura e economia criativa; gestão e institucionalidade da cultura.

Entre os destaques estão a formalização do trabalho na cultura, o incentivo ao ensino de arte nas escolas, o reconhecimento de um “custo amazônico” como fator que onera as iniciativas culturais devido a questões geográficas e logísticas da região, a ser incluído em editais de novos projetos, promover a ampliação do acesso a internet e a necessidade de reformulação da Lei de Direitos Autorais.

A aprovação do marco regulatório da Cultura, que já tramita no Congresso Nacional, também está entre as prioridades eleitas. O marco é composto principalmente pelo Sistema Nacional de Cultura (SNC), Plano Nacional de Cultura (PNC) e proposta de emenda constitucional (PEC)150/2003, que vincula à Cultura 2% da receita federal, 1,5% das estaduais e 1% das municipais.

“Esse é um momento de afirmação da cultura. Esse tema não será mais subalterno. Claro que todas as outras pastas são importantes, mas nada se realiza sem cultura”, afirma Juca Ferreira, ressaltando que neste ano o ministério terá orçamento recorde, o equivalente a 1% do total de impostos arrecadados pela União.

Pré-conferências

Todos os estados realizaram suas conferências, elegendo 743 delegados ao todo. Mais de 200 mil pessoas estiveram diretamente envolvidas nas etapas estaduais e municipais. Novidade nesta edição, as conferências setoriais – 143 no total – tiveram 3.193 inscrições de candidatos a delegados. Além de deliberar, esses encontros têm o objetivo de estimular a criação e o fortalecimento de redes de agentes e instituições culturais do País.

I CNC

Em sua primeira edição, em 2005, 1.192 municípios realizaram conferências, o que representou 21,42% do total das cidades brasileiras. Nesta segunda Conferência, nas etapas municipais e estaduais, observou-se um significativo avanço no processo participativo, uma vez que, de agosto a outubro de 2009, aconteceram 3.071 reuniões, ou seja, mais da metade do total dos municípios do País estiveram envolvidos.

sábado, 6 de março de 2010

Comunicado Do Ilè Ase Oya Funké



Prezad@s,

Venho comunicar que aconteceu hoje, na sede do Ministério Público do Estado da Comarca de Itabuna, no gabinete das 8ª 10ª Promotorias de Justiça. Reunião na qual a TV I, por seu Diretor José Amâncio Barbosa Filho e a Srª Drª Desdêmona Ferreira Dantas, Iyalorixá do Ilè Ase Oya Funké, resolveram esclarecer as notícias veiculadas na imprensa acerca de intolerância religiosa.
O Diretor da TV I, ressaltou, que em nenhum momento teve a intenção de discriminar a sacerdotisa, e que o erro foi da repórter, que providenciou a reportagem sem sua autorização sem mencionar qualquer detalhe de religião. Convidou a Iyalorixá para uma futura entrevista e aceitou divulgar nota em conjunto, esclarecendo a comunidade acerca do ocorrido.
Mãe Vanda, aceitou as desculpas, com o seu senso de bem comum, não tendo interesse em prejudicar nenhuma pessoa. Reafirmando a sua confiança nos princípios que norteiam a República Federativa do Brasil, de respeito a todas as religiões e do papel da imprensa na preservação dos valores da cultura e da religião Afro-brasileira.
Mas avisa que está atenta e manterá a sociedade informada acerca das notícias veiculadas na cidade e região que venham a ofender a imagem das religiões de Matriz africana, assim como os seus sacerdotes e sacerdotisas.
Queremos agradecer o apoio dos diversos grupos e segmentos da sociedade que manifestaram seu apoio a nossa nota de repúdio, em especial a pessoa do Secretário de Cultura do Estado da Bahia Sr Márcio Meirelles, por sua participação neste episódio, onde comprovou seu comprometimento com a diversidade cultural do Estado da Bahia e com as Comunidades Tradicionais de religiões Afro-brasileiras.


Luiz Dantas
Coordenador ponto de cultura
Associação do Culto Afro Itabunense
Projeto cultura em ação
ACAI/Bahia
(73) 3612-0175


Ninguém nasce odiando outra pessoa, pela cor da sua pele, por sua origem. Ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender a odiar: e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.

(Nelson Mandela)

segunda-feira, 1 de março de 2010

Bença Mãe !

Primeiro vídeo criado pelo Ponto de cultura da Associação do culto Afro Itabunense.

http://www.youtube.com/watch?v=6ajSvnMot8w

Arquivo do blog